segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Refletindo Sobre os Nossos Caminhos



Refleti em meus caminhos e voltei os meus passos para os teus testemunhos. Eu me apressarei e não hesitarei em obedecer aos teus mandamentos
Salmos 119.59-60 (NVI)
É muito importante, de tempos em tempos, fazermos uma "pausa" para refletir sobre nossa vida. Sincera e honestamente, o que tenho feito da minha vida? Para onde, minhas decisões e meu modo de vida, estão me levando? No que tenho alocado meu tempo e minha atenção? Os projetos e atividades nos quais tenho me engajado, estão produzindo que resultado? Quais relacionamentos, e com quais pessoas, tenho valorizado? Eu estou encontrando verdadeira satisfação no que estou fazendo, ou tenho experimentado um ciclo recorrente de frustrações e desapontamentos? Tenho correspondido àquilo que o Senhor já falou comigo? Tenho motivos para crer que estou cumprindo o plano de Deus para minha vida?
São boas perguntas, não são? E, frequentemente, a questão nem é se estamos na Igreja ou não, participando dos trabalhos, lendo a Bíblia e tendo alguma prática de oração, em menor ou maior grau. Mas são questões relativas ao meu senso interior de propósito, minhas motivações, meus valores, minhas reais prioridades. São aspectos que encontram-se em áreas mais íntimas do nosso ser. Que exigem de nós coragem, sinceridade e honestidade para serem abordados. Estou sendo quem nasci para ser? Estou cumprindo o propósito para o qual nasci? Meus valores, tem sido realmente os valores de Deus?
Observamos nas Escrituras, frequentemente, os Profetas do Senhor desafiando os fundamentos do povo de Deus. Muitas vezes, a vida religiosa da Nação parecia estar normal: o Templo estava funcionando, os sacerdotes servindo, a Torá sendo lida, as Festas sendo realizadas, mas o coração do povo estava longe de Deus - vivendo, na verdade, a sua própria vontade, e não a vontade do Senhor! E é incrível como temos essa capacidade de fazer as coisas certas, pelos motivos errados. À vezes até temos zelo, mas não com entendimento (Romanos 10.2)
Motivações e Premissas
Conscientes ou não, conduzimos nossa vida com base em certas motivações e premissas. A palavra "motivação" deriva da raiz "motor", e significa aquilo que nos move, nos impulsiona, em alguma direção. E tudo aquilo que fazemos é determinado por uma motivação. E "premissa" significa um ponto ou ideia do qual se parte para estruturar um raciocínio, ou uma forma de pensar. Tenho percebido, em minha própria vida, que o que somos é determinado, em grande parte, por esses dois fatores: minhas motivações e minha premissas. Por isso as Escrituras nos exortam a apresentar nossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável à Deus (nossas vontades, nossas motivações) e sermos transformados pela renovação da nossa mente (forma de pensar) - Romanos 12.1-2. Se esses dois aspectos forem moldados por Deus, então nós experimentamos a sua boa, perfeita e agradável vontade. Muitas vezes erramos, e não vencemos, porque nossas motivações e nossas premissas na vida estão equivocadas.
Quais são as suas motivações? Sob quais premissas você tem conduzido sua vida? São elas corretas? Estão de acordo com a vontade, e o maravilhoso plano que Ele tem para sua vida?
Sensibilidade e Resposta
Nessa nossa reflexão constante, uma qualidade nos é essencial: a capacidade de ouvir a voz do SenhorVocê desenvolveu essa capacidade de ouvir a voz de Deus? Tem conseguido ouvi-la? ... "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo". Apocalipse 3.20. Jesus já entrou na casa da sua vida?
Jesus também disse, em João 10.27: ..."as minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço e elas me seguem"... É absolutamente essencial que as ovelhas ouçam a voz do Pastor e o sigam. Na verdade, Jesus diz que essas são as características essenciais das suas ovelhas. Gostamos de pensar que somos ovelhas do Senhor, para desfrutarmos do cuidado do nosso Pastor. Mas nos esquecemos de que as principais características da ovelha são: ouvir e obedecer. Gostamos das prerrogativas de sermos ovelha, mas nos esquecemos das qualidades que devemos ter como tais. Tem muita ovelha que não ouve. Ou que quando ouve, não segue o Pastor. 
Qual foi a última vez que você ouviu a voz do Pastor? E se ouviu, como foi sua resposta? Temos ouvido e obedecido a voz do nosso Pastor? Sabe citar alguns exemplos práticos, em sua vida, desse processo de ouvir e obedecer ao Senhor? Respostas honestas, para essas perguntas, são essenciais para essa reflexão que estamos falando. É o que fazia o salmista, no texto inicial desse estudo: ele refletia sobre o seu caminho e voltava os seus passos para vontade de Deus (Salmos 119.59).
A segunda coisa que ele nos diz que iria fazer é: ... "Eu me apressarei e não hesitarei em obedecer aos teus mandamentos” (v 60). Você já reparou como, muitas vezes, somos lerdos em entender e obedecer ao Senhor? Quando Ele nos fala através das Escrituras, de uma pregação, de um aconselhamento, de um livro, em um momento de reflexão, etc, nós respondemos rapidamente, ou deixamos para elaborar isso depois? Às vezes até nos emocionamos, choramos e "rasgamos nossas vestes". Mas precisamos aprender a transigir da “emoção” para a “ação”. Em outras palavras: precisamos aprender a ouvir e obedecer prontamente, sem reservas. É o que o salmista disse que iria fazer. E é o que temos que fazer também.
E então, pronto para "refletir sobre os seus caminhos"?
Roberto Coutinho

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A Crise de Influência e Testemunho da Igreja

"Vós sois o sal da terra. Mas se o sal se tornar insípido, com que se há de salgar? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre o monte. Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo de uma vasilha, mas no candelabro, e ilumina a todos os que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus".
Mateus 5.13-16


É evidente nas Escrituras que a Igreja é chamada para ser uma expressão de Deus na Terra. No texto acima, Jesus diz que somos o sal da terra e a luz do mundo. E essas figuras nos remetem a dois aspectos da nossa expressão como Igreja: a Influência e o Testemunho 

Como a Igreja pode realmente impactar a sociedade?

No início da sua existência vemos a Igreja "caindo na graça de todo o povo" (Atos 2.47). E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que iam sendo salvos, relata o texto. Por causa da sua pregação e da sua vida de amor, perdão e reconciliação, os irmãos gozavam de uma boa imagem e reputação diante do povo em geral, que via neles as virtudes de Deus e as marcas de Jesus. Eles estavam, de fato, sendo o sal da terra e a luz do mundo. Estavam influenciando e brilhando a luz de Jesus no meio daquela geração.

Uma Realidade Espinhosa

Basta sermos honestos para reconhecer que a Igreja hoje, em geral, não goza desta mesma reputação. Uma pesquisa recente do Instituto Datafolha apontou que outras instituições, como as Forças Armadas e até mesmo a OAB, contam com mais credibilidade do que a Igreja, sendo que a Igreja Católica aparece em terceiro lugar, bem abaixo das primeiras duas, e a Igreja Universal do Reino de Deus (que também foi incluída na lista de opções) ficou apenas com o 11.° lugar, ficando atrás de instituições como a imprensa, os sindicatos, a polícia e até mesmo os bancos. 

É claro que foi selecionada para a pesquisa uma igreja evangélica neo-pentecostal, frequentemente envolvida em polêmicas e escândalos - talvez "igrejas protestantes", em um sentido mais amplo, teria tido um resultado melhor. Mas não deixa de ser vergonhoso que instituições humanas como as Forças Armadas e a OAB gozem de mais reputação perante o povo do que a igreja em geral. A relativa boa colocação da Igreja Católica pode-se facilmente explicar pela maioria católica da população que, mesmo não sendo praticante, tende a apontar a instituição representativa de sua crença religiosa como sendo de sua confiança. Uma pesquisa feita exclusivamente entre pessoas que não frequentam uma igreja poderia trazer resultados mais preocupantes ainda. A verdade é que a Igreja em geral, a evangélica em particular, não goza de uma boa reputação na sociedade de hoje, o que a torna culpada de não estar cumprindo com eficácia a sua missão de ser o sal da terra e a luz do mundo.

Odiados de Todos Sereis por Causa do Meu Nome

Alguém poderia dizer: "mas Jesus também disse que seríamos odiados de todos por causa do seu nome" (Mateus 10.22; 24.9). E isso realmente aconteceu. E ainda hoje acontece. Basta lembrar que cerca de 100 mil cristãos são mortos por ano, ainda nos dias atuais, por causa da sua fé (veja aqui). Cristãos que são executados, por exemplo, por grupos radicais como o Estado Islâmico. A igreja primitiva, que como dissemos no início, caía na graça do povo, também foi perseguida depois, mas não pelo povo em si, mas pelas autoridades e grupos que tinham seu status quo ameaçado pela pregação do Evangelho. Observe que Jesus disse que os discípulos seriam odiados "por causa do seu nome". O ponto é que hoje, muitas vezes, as críticas são direcionadas à igreja não por causa da sua identificação com Jesus, mas por causa de práticas e ensinos focados excessivamente na arrecadação de dinheiro, e por seu envolvimento em escândalos de enriquecimento e mau uso de recursos dos fiéis. Essa não é uma perseguição por causa do nome de Jesus. É motivado por mau testemunho mesmo. Precisamos sempre diferenciar uma coisa da outra.

Origens do Problema

Não tenho a pretensão de oferecer uma resposta completa para o problema, mas creio que podemos fazer algumas considerações pertinentes. Creio que o problema está muito ligado ao que disse o Cardeal Suenes, quando participou, com igrejas carismáticas protestantes, da grande Conferência de Kansas City, no ano de 1977:

"O problema não é que não somos cristãos. O problema é que não somos cristãos o suficiente".

Creio que as causas desta baixa influência e testemunho relevante da Igreja hoje estão ligadas à superficialidade da experiência e do ensino que são oferecidos. Em nome do crescimento massivo, obtido pelo uso intensivo da mídia, têm-se um comprometimento da qualidade do fundamento e da experiência cristã. O Evangelho acaba sendo "modelado", sob medida, para ser uma espécie de resposta espiritual para os problemas sócio-econômicos das pessoas, o que acolhe grande clientela não necessariamente arrependida de seus pecados, desejosas de salvação e de um novo nível de espiritualidade e vida com Jesus. Isso acaba gerando um contingente enorme de pessoas que melhor pode ser definido como "adeptos", ao invés de "discípulos". Lembremo-nos que Jesus comissionou a Igreja para ir "fazer discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado" (Mateus 28.19-20). Mas o ensino predominante hoje na Igreja parece mais orientado a formar "adeptos" ou "membros fiéis", que deem sustentação, principalmente financeira, aos planos de expansão desses ministérios. Jesus não nos mandou formar membros de igreja, mas sim discípulos de Jesus. E isso faz toda a diferença quando se busca uma Igreja que seja verdadeiramente uma influência e um testemunho fiel de Jesus. Que seja o sal da terra e a luz do mundo.

Nossa missão: ser sal da terra e luz do mundo
Esse evangelho focado na prosperidade, na solução espiritual de problemas materiais e emocionais, não é em si errado, ele peca por ser incompleto. Deus deseja realmente restaurar a vida financeira e emocional das pessoas, curá-las e abençoá-las, mas esses benefícios devem ser o resultado de uma entrega verdadeira e de uma renúncia da vida passada que não estão sendo enfatizados. E não são enfatizados em nome de um evangelho mais "palatável", que atraia mais facilmente as pessoas em geral. É uma mensagem que encontra grande apelo, ainda mais em uma nação tão cheia de problemas sociais como a nossa, mas não forma, na média, discípulos de Jesus, comprometidos com uma transformação de vida que realmente as torne sal e luz onde vivem.

Os períodos em que a Igreja mais cresceu, em maturidade e comunhão, parecem ter sido aqueles marcados por perseguições, como ocorreu nos primeiros três séculos da Igreja e em outros períodos de oposição, como o dos regimes comunistas na União Soviética e na China. Creio que essa tendência deve-se ao fato de que, nestes contextos, uma vida com Jesus só é possível mediante uma maior e mais profunda entrega, sem reservas, e que implica em um compromisso com Jesus que não se observa em sociedades "cristianizadas" como a nossa.

A Questão da "Praxis"

Max Weber, em seu excelente livro "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo"(1), analisa como as doutrinas protestantes (luteranismo, calvinismo, pietismo e dos anabatistas) influenciaram na formação da mentalidade capitalista a partir do século 16. Enquanto a teologia católica condenava o lucro e o juro, e valorizava o ascetismo monástico (separação do mundo), a teologia protestante "caracteriza-se por uma racionalidade específica, para a qual concorreu a noção de trabalho como vocação e ascese intra mundana, gerada no calvinismo"(2). Ou seja, a doutrina protestante passa a ver o trabalho secular, de cada um, como uma forma de vocação, ou seja, de glorificar a Deus e fazer a sua vontade. Desenvolve-se então o que Weber chama de "ascese intra mundana", ou seja, uma vida de pureza "dentro do mundo" e não "fora dele", como na ascese monástica. E ele demonstra como nas regiões onde prevaleceu a doutrina protestante (Inglaterra, Países Baixos, França e Estados Unidos) o capitalismo encontrou um mais rápido e maior desenvolvimento. Ele estabelece a conexão entre a teologia (o ensino) e a "praxis" (palavra grega que significa "a prática, o modo de fazer as coisas"). Os Puritanos, por exemplo, viam o trabalho e os ofícios como um campo natural onde se exercita a vocação de glorificar a Deus e ao Evangelho de Jesus Cristo. Viam o trabalho, mesmo secular, como algo que dignifica o homem. E aqui chegamos a um ponto onde podemos refletir sobre o ensino e a prática da Igreja atual.

O que a Igreja é hoje, sua prática e modo de vida, ou seja, a sua "praxis", é resultante do seu ensino. Ao contrário da época áurea do calvinismo, pietismo, metodismo e dos anabatistas, por exemplo, temos um ensino muito mais superficial hoje em dia. Isso quando se pode identificar algum padrão e consistência no ensino. E como dissemos, o Evangelho é apresentado na forma de um produto "vendável", e de forte apelo emocional e prático, quase que sob medida, para as necessidades do povo. Não que não se pregue as Escrituras e não se exalte a Jesus, mas o ensino vem sempre limitado a um escopo de interesse circunstancial. Não estamos querendo diminuir a importância dessa pregação, que de uma forma ou de outra, traz as pessoas para mais perto de Jesus, possibilita a sua salvação e tira milhões de pessoas dos vícios e da iniquidade - pessoas que de outra forma estariam perdidas. A nossa análise tem o objetivo de buscar o aperfeiçoamento que todos nós precisamos para o cumprimento eficaz da nossa missão, conforme Mateus 28.19-20.

Se levarmos a sério os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos, veremos que o objetivo das Escrituras é a transformação do discípulo, para que ele alcance a maturidade e torne-se uma expressão do Reino de Deus. Tome-se como exemplo o texto de Efésios 4.17 a 5.33. Leia todo esse texto com atenção e perceba como o ensino apostólico conduzia a uma praxis, a um modo de vida que abrange todos os seus aspectos, a forma como vive e se relaciona com o mundo, sua postura, seu comportamento, seus valores, a sua vida familiar, o relacionamento conjugal, a educação dos filhos e o respeito e obediência aos pais. Conduzia a uma vida prática e de inserção na sociedade que produzia uma expressão dos valores do Reino.

Em certos setores da Igreja hoje, temos também uma pregação excessivamente mística e etérea, uma palavra que só parece fazer algum sentido na igreja e entre irmãos, sem conexão clara com o dia a dia das pessoas. Cristãos nesse contexto se tornam pessoas descoladas dos problemas reais à sua volta, vivendo como nefelibatas, causando mais estranheza do que uma expressão real perceptível pelo homem comum. É uma praxis embebida em um emocionalismo sem muito impacto sobre o caráter e vida real destes cristãos, comprometendo a qualidade da sua influência e testemunho.

Em meio a esse mundo corrompido e tão cheio de maldade e insensibilidade, a Igreja deveria ser a reserva moral e ética da sociedade. É necessário que ela se levante com uma nova expressão do cristianismo, que reflita os valores e o caráter de Cristo. Que evangelize e discipule as nações, que seja o sal que influencia e preserva, e a luz que traz revelação e sabedoria.

Roberto Coutinho



(1) Max Weber, "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", 11ª Edição, (São Paulo: Editora Pioneira, 1996 [1904-05]).
(2) Franklin Ferreira, "Uma Introdução à Max Weber e à Obra 'A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo'". Fides Reformata 5/2 (2000).

terça-feira, 7 de julho de 2015

O que está por trás da Agenda de Gênero?




"Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito". 

1 Timóteo 2.1-2.

Apesar de não haver qualquer ênfase nas Escrituras sobre a atuação da Igreja na esfera política, por outro lado, há uma série de recomendações no sentido de influenciarmos o poder secular através de nossas orações (1 Timóteo 2.1-2), da defesa da nossa fé (1 Pedro 3.14-15) e de estarmos precavidos contra o "espírito desse mundo" (1 João 2.15-17; 2 Coríntios 2.11). Estes textos nos mostram pelo menos três coisas: 

1. Devemos nos preocupar com o poder governamental deste mundo e a influência que pode ter sobre nós.
2. É importante entendermos o que cremos e sermos capazes de defender a nossa fé.
3. É necessário discernirmos o "espírito deste mundo" e não ignorarmos os desígnios do mal.   

Watchman Nee, no livro "Não Ameis o Mundo"*, fala sobre a "mente que se oculta por trás do sistema": uma organização espiritual por trás da política, educação, literatura, ciência, arte, lei, comércio, música, etc, que visa a dar suporte ao plano satânico de fazer oposição sistemática aos desígnios de Deus. Há sempre uma fonte espiritual por trás de toda iniciativa prática do mundo hostil aos princípios de Deus.

Não é novidade para ninguém o debate atual sobre o que se convencionou chamar de "Agenda de Gênero": a desvinculação do sexo biológico do sexo comportamental. Ou seja, a ideia de que o sexo herdado biologicamente por uma pessoa (masculino ou feminino) não define, necessariamente, o comportamento afetivo e sexual que ela vai adotar (gênero). E essa ideologia tem sido desenvolvida por intelectuais ao longo dos anos e defendida sistematicamente em diferentes fóruns de repercussão internacional. E buscaram inspiração nessa ideologia vários movimentos como o Feminismo, o Gayzismo, a legalização do aborto, a união homossexual e outros. E o efeito deletério nada desprezível dessa ideologia é a desestabilização do conceito tradicional de família: um homem, sua mulher e seus filhos. E uma ideologia que, a luz do que estamos dizendo, tem uma clara origem espiritual cujo objetivo é atingir uma instituição fundamental no plano de Deus para o homem: a família!

Mas uma pergunta fundamental que se deve fazer é: de onde vem essa ideologia? qual a sua origem do ponto de vista histórico? Seu objetivo é realmente defender a liberdade de gênero ou tem outra intenção maior por trás? É a essa e a outras questões que queremos trazer algumas respostas. Como dissemos, é fundamental que o cristão tenha conhecimento dessas questões, para orientar suas orações, sua fé, seu comportamento e suas ações.

Uma leitura que recomendamos fortemente a todos é a do resumo do livro de Dale O'Leary, "A Agenda de Gênero" (link para download aqui), que traz revelações estarrecedoras, com farta referência a documentações, sobre o desenvolvimento orquestrado, em escala mundial, dessa mentalidade e que já bateu às portas da legislação brasileira, com vários projetos de leis que pretendem implantar a agenda de gênero em várias esferas da sociedade, esperando apenas para serem votados e aprovados. Um perigo do qual todos devemos estar cientes. O projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012), por exemplo, adiciona como “agravante do crime”, em seu Art. 75, o “preconceito de (...) orientação sexual e identidade de gênero”; o Plano Nacional de Educação (PLC 103/2012), já aprovado na Câmara, estabelece como uma de suas diretrizes a “promoção da igualdade (...) de gênero e de orientação sexual”. Um projeto de lei, o PL 5002/2013 (ver aqui), sobre identidade de gênero, prevê que um adolescente, mesmo sem a autorização dos pais ou responsáveis, pode solicitar assistência à Defensoria Pública para autorização judicial para intervenção cirúrgica para transexualização total ou parcial - mudança de sexo (Artigo 5º. §1º e §2º.). 

As origens dessa ideologia de gênero remontam ao Marxismo. Por exemplo, no trabalho de Friedrich Engels, escrito em parceria com Karl Marx (ainda que publicado após a morte de Marx), "A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado", eles colocam a sujeição da esposa ao marido como a primeira forma de poder e de dominação de classes. Veja abaixo um trecho dessa obra:

“Em um antigo manuscrito não publicado escrito por Marx e por mim mesmo, em 1846, eu encontrei estas palavras: ‘A primeira divisão do trabalho é aquela entre o homem e a mulher para a propagação da prole’. E hoje eu posso acrescentar: ‘A primeira luta de classes que aparece na história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher no casamento monogâmico, e a primeira opressão de classe coincide com a submissão do sexo feminino pelo masculino”.
(Friederich Engels: A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado).

Não é por outra razão que as líderes intelectuais dos movimentos feministas radicais sempre tiveram afinidade com o Marxismo e viviam citando Marx e Engels em suas obras, como Kate Millet, em seu livro "Política Sexual":

“O grande valor da contribuição de Engels para a revolução sexual reside na sua análise do casamento patriarcal e da família. Na submissão do feminino ao masculino, Engels, assim como também Marx, compreenderam o protótipo histórico e conceitual de todos os subseqüentes sistemas de poder, de todas as relações econômicas opressoras e o próprio fato da opressão em si mesmo”. 
(Kate Millet)

Engels chegou ao disparate de considerar que a prostituta (cortesã) é moralmente superior à mulher casada, porque a primeira vende o seu corpo em parte, como um trabalhador assalariado, enquanto a casada vende de uma vez, para sempre, como escrava - ver no documento "Agenda de Gênero" mencionado acima, página 18, terceiro parágrafo. Portanto, para o Marxismo, a implantação do Comunismo demanda a eliminação do papel da mulher como esposa, no particular, e a família como núcleo de autoridade e da aquisição e transmissão da propriedade, no geral, como elementos a serem suprimidos progressivamente da sociedade, até se chegar ao comunismo puro - a utopia do novo homem e da sociedade justa.

Como eliminar a propriedade mostrou-se historicamente uma tarefa quase impossível para o movimento revolucionário, resultando na fragmentação da família, eles resolveram primeiro focalizar na estatização da economia (que com o tempo também naufragou) e, depois, na guerra cultural e de ocupação dos espaços de poder para, gradativamente e sem despertar grande alarde, ir impondo seus programas, como a agenda de gênero, que pavimentam o caminho para a conquista do poder e da hegemonia política. O que vai lhes permitir, finalmente, implantar a sua utopia de uma sociedade supostamente igualitária - o que, na realidade, é só a justificativa para a instalação de um ente de poder com controle total sobre a sociedade. 

Nessa busca de poder e hegemonia, instituições como a família e a Igreja (na verdade as religiões em geral e o cristianismo em particular) são obstáculos e inimigos a serem suplantados. Ao mesmo tempo em que causas como o Feminismo, o Gaysismo, legalização do aborto, ideologia de gênero, etc, tornam-se aliados conscientes ou não desse projeto de poder - daí o frequente apoio dos partidos de esquerda a essas causas - a debilitação da família, como núcleo de autoridade e propriedade, o combate ao pensamento conservador e aos valores morais, são objetivos permanentes e estratégicos dos movimentos de esquerda. E isso é uma ameaça à nossa liberdade e ao ambiente propício para a pregação do evangelho e o pleno exercício de nossa vocação cristã. 

Em resumo, dentro do que cremos, é a "mente que se oculta atrás do sistema" opondo-se aos propósitos de Deus. E como recomendou Paulo, não devemos ignorar seus desígnios. Devemos orar e interceder por aqueles que estão em posição de poder. Devemos responder aos que nos indagam o motivo da nossa esperança. Devemos discernir o "espírito desse mundo" e suas estratégias.

Roberto Coutinho



* NEE, Watchman. Não Ameis o Mundo. 1ª Edição. São Paulo. Editora dos Clássicos. 2003.

segunda-feira, 22 de junho de 2015


."Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais"... (Jeremias 29.11)

Deus sempre deseja o nosso bem. Mas nós precisamos habilitar as benção de Deus em nossa vida. Há aspectos que as habilitam, e outros que as desabilitam. Seguem alguns "habilitadores das bençãos de Deus" em nós:

1. Nossos Pensamentos: (Isaías 55.7-9; Rm 12.2). Pensar os pensamentos de Deus - planos, prioridades e valores. Quando abrimos mão dos nossos próprios pensamentos para pensar os de Deus.

2. Nossas Palavras: (Provérbios 18.21; 21.23). O que falamos define nosso destino: benção (dizer bem); maldição (falar mal). Devemos abençoar nossa vida e a dos outros. Não reclamar ou falar mal.

3. Nosso Procedimento: (Deuteronômios 28.1-2; Gálatas 6.9; Tiago 4.17). Fazer o bem, obedecer a Deus, investir em seu Reino (tempo, recursos e habilidades).

O que pensamos, o que falamos e o que fazemos determinam, em última análise, o nosso destino. Determinam a benção ou a maldição. A vitória ou o fracasso. A realização pessoal ou a frustração.

Roberto Coutinho.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Chaves Para Uma Vida de Sucesso: Parte 6 - A Influência de Nossas Palavras



Há um ensino claro nas Escrituras  estabelecendo uma ligação entre o que falamos - nossa linguagem - e os frutos que obtemos em nossa vida. Em outras palavras, elas interferem em nosso destino. O sucesso ou o fracasso futuro pode ser determinado pelo que falamos hoje. É um principio que opera em ciclos de "plantar e colher"

Antes de mais nada é preciso fazer a distinção entre esse ensino bíblico sobre o uso das palavras com o que ficou conhecido, no meio secular, como "programação neurolinguística".  Esta última são técnicas que visam a melhorar a experiência humana e a sua capacidade de superação e atingimento de metas, através do uso da linguagem e da comunicação, buscando afetar positivamente nosso cérebro e nossa percepção da realidade. Já o enfoque bíblico é de outra natureza. Assenta-se sobre princípios de dimensão comportamental e espiritual, estabelecendo uma relação de causa e efeito entre o que falamos e o que colhemos. E esses aspectos podem ser naturais ou espirituais, conforme veremos a seguir.

"Vinde, filhos, escutai-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor. Quem é o homem que ama a vida e quer longevidade para ver o bem? Refreie a língua do mal e os lábios de falarem dolosamente".

Salmos 34.11-13

"Refrear" a língua: fator que contribui para o nosso sucesso.

"Amar a vida" e "longevidade para ver o bem" são frases que denotam o que temos chamado nesse estudo de "verdadeiro sucesso". E qual é a condição apontada para que o experimentemos? Refrear a língua do mal e os lábios de falarem dolosamente.  O uso adequado da língua é determinante para o nosso sucesso. Talvez não haja outro órgão que seja tão importante para o nosso futuro como a nossa boca. E a Bíblia nos ensina a guardá-la cuidadosamente. Na verdade, vai mais longe, ensinando-nos a "refreá-la", que fala de uma atitude radical para mantê-la sob controle. E não é sem razão que a Bíblia é tão enfática sobre isso.

"O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína".

Provérbios 13.3

Os efeitos do mal uso da língua podem ser devastadores. Primeiramente, o texto diz que guardar a boca "conserva a alma", ou seja, nos guarda de danos morais e mesmo espirituais. Diz também que quem abre muito os lábios "a si mesmo se arruína'". E ruína é algo abrangente, que envolve também o aspecto material. As consequências do mau uso da língua podem ser espirituais, emocionais e materiais.

Aspectos Espiritual e Natural do Uso da Língua

Tanto benção como maldição estão ligados ao ato de "falar" ou "proferir". São o resultado de palavras proferidas: ou de benção ("bem-dizer") ou de maldição ("mal-dizer"). O que declaramos tem eficácia no mundo espiritual. Tanto que "confessar com a boca" a nossa fé em Jesus, de coração, sela a nossa salvação (Romanos 10.9-10). Portanto o que falamos, tanto de bom quanto de mau, têm impacto espiritual sobre o curso de nossa vida.

Por outro lado, o que falamos de ruim, como palavras arrogantes, ou mentiras, acabam nos trazendo o mal, até pela reação natural de oposição que elas causam nas outras pessoas em relação a nós. Quem somente semeia inimizades, colhe o mal. Da mesma forma que quem cultiva boas amizades, semeando sempre generosidade e justiça, também acaba colhendo os bons frutos das suas palavras e ações. Veja essas verdades nos versículos abaixo:

"A língua serena é arvore de vida, mas a perversa quebranta o espírito". Provérbios 15.4

"A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto". Provérbios 18.21

Podemos destruir com a nossa boca o que construímos com o nosso trabalho. Saber fazer bom uso dela é um fator fundamental que contribui para o nosso verdadeiro sucesso. 

Roberto Coutinho

domingo, 8 de março de 2015

Chaves Para Uma Vida de Sucesso: Parte 5 - Oração e Sucesso.


Neemias: Oração Como Base do Sucesso Verdadeiro

Neemias é um excelente exemplo de um homem que obteve sucesso, entre outros fatores, pela sua vida de oração. Ele era um grande líder que sabia discernir os problemas, antecipar-se a eles, administrar as circunstâncias e motivar as pessoas em torno dos objetivos de Deus. E tudo isso com muita oração e dependência do Senhor.

Em Neemias 1. 4-11 vemos o início de seu ministério como líder na reconstrução dos muros de Jerusalém. E ele começou com jejum e oração pedindo a Deus que concedesse a ele "êxito" (v 11). Ele não estava confiando apenas em suas habilidades políticas ou qualidades de líder. Ele sabia que precisava do Senhor para ter sucesso na missão que ele tinha ardendo em seu coração. A base do seu sucesso foi a oração.

Como a Oração Contribui Para o Sucesso?

a) Trazendo Proteção - Esdras 8.21-23: temos aqui este outro grande líder convocando o povo para jejuar e orar para que Deus os protegesse em sua jornada da Babilônia para Jerusalém, com o objetivo de reconstruir o Templo. Como ele havia afirmado a Artaxerxes que a mão do Senhor é sobre todos os que buscam o bem, e que sua força e a sua ira era contra todos que o deixam, Esdras achou que seria incoerente pedir ao rei soldados e cavaleiros para os defenderem no caminho. Eles jejuaram, oraram e confiaram na proteção divina, e Deus os ouviu e os conduziu seguros até o seu destino. Um verdadeiro milagre obtido através da oração. Deus os protegeu através da oração, e eles tiveram bom êxito em seu empreendimento.


b) Trazendo Orientação - Gênesis 24.12-14: O servo de Abraão, para obter sucesso em sua missão de buscar uma esposa para Isaque, ora pedindo que o Senhor mostre-lhe a mulher escolhida. Através da oração ele obteve orientação. Esse é um fator muito importante para o sucesso: escolhas certas. E devemos sempre buscar em oração a orientação de Deus. Não confiar em nossa própria inteligência e capacidade, mas orar sempre a Deus para receber orientação.


c) Trazendo Mudança de Circunstâncias - Tiago 5.13-18: Está alguém triste? Doente? Em pecado? Com problemas? Alguma circunstância que precisa ser, milagrosamente, mudada? A recomendação apostólica é uma só: Oração! Não há nenhum substituto para a oração. Ela é que nos conduz à alegria, à cura, ao perdão, à solução de conflitos e ao milagre. A oração muda as circunstâncias.

Condições Para o Sucesso Pela Oração

a) Obediência - 1 João 3.22: guardar os mandamentos e fazer o que é agradável a Deus é apontado pelo apóstolo como o motivo de recebermos aquilo que pedimos. Muitas pessoas querem obter êxito na oração participando de campanhas e correntes, por exemplo, mas não estão dispostas a obedecer e mudar de vida. Mas Deus não pode fazer muito para quem não está comprometido com Ele. O Senhor nos leva a sério na mesma medida em que nós o levamos a sério também.

b) Pedidos alinhados com a Sua vontade - 1 João 5.14: Deus não pode nos atender naquilo que pedimos se estiver em desacordo com a Sua vontade. Ele não pode contradizer-se e agir contra sua própria natureza. Alguém pode estar orando para obter êxito em uma coisa que não é boa aos olhos de Deus. Não faz sentido, por exemplo, alguém orar para que uma pessoa divorcie-se para casar-se com ela. É uma oração tola, que não pode ser respondida por Deus. Mas mesmo coisas que não são ruins em si, mas que não estão alinhadas com o Seu plano e a Sua vontade para nós, torna-se algo que Deus não pode responder. Mas tudo que pedimos, segundo a Sua vontade, Ele nos responde. Pode até demorar, mas responderá. Talvez não "como" e "quando" queremos, mas Ele o fará!  

Que possamos aprender a obter do Senhor o sucesso que provem da oração feita aos Seus pés e de acordo com a Sua vontade!

Roberto Coutinho

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Chaves Para Uma Vida de Sucesso: Parte 4 - As Diferentes Fontes do Sucesso



"Nem todo sucesso é verdadeiro. Nem todo sucesso é completo. Nem todo sucesso vale a pena!"

Fontes Negativas e Fontes Positivas de Sucesso

Como já verificamos nessa série de estudos, nem todo sucesso é verdadeiro e completo. E isso porque o que determina a qualidade e abrangência de um sucesso são a sua fonte e a forma (os meios) de obtenção. Nem todo sucesso é legítimo ou bom. Um homem que torna-se o ditador de uma nação, por exemplo, obteve sucesso em seu projeto pessoal e político de poder, mas esse não é nem legítimo e nem bom. Hitler, por exemplo, tornou-se o líder máximo de uma gigantesca máquina mortífera de poder e conquista, mas que era maligna, repugnante e ilegítima, e que trouxe destruição e morte a milhões de pessoas inocentes. Seu "sucesso" foi uma das maiores tragédias da humanidade.

Mas esse é um exemplo extremo, somente para exacerbar o que estamos falando. No entanto, muitas pessoas acabam alcançando algum sucesso em sua carreira ou nos negócios, por exemplo, mas não utilizando bons meios para a sua obtenção. Em nome de um objetivo muito almejado - que em si pode não ser ruim - acabam lançando mão de meios oblíquos, desonestos e impróprios. Trapaças, chantagens, ilegalidades que, mesmo que disfarçadas e externando-se em um sucesso aparentemente bom, formam a base de algo que não é verdadeiro - o que é condenado pelas Escrituras, conforme veremos a seguir. Temos que analisar aqui a questão da "fonte" do sucesso que queremos obter. De onde ele vem? Ele é bom, agradável e correto? Como cristãos e filhos de Deus, ele está de acordo com Sua vontade e princípios?

Podemos identificar que existem, pelo menos, quatro fontes distintas que estão por trás de todo sucesso:

1. Sucesso Iníquo: Salmos 73.1-17; 37.16. 

É o sucesso temporal obtido pelos ímpios, que não temem a Deus, ou mesmo de pessoas que creem em Deus, mas corrompem-se para obter seus objetivos. É um tipo de "sucesso" que muitas vezes nos deixam indignados, e o salmista Asafe, no texto de Salmos 73.1-17, confessa que "seus pés quase se desviaram" porque ele sentiu inveja dos soberbos, que não temiam a Deus e que prosperavam. Até que ele entrou no santuário de Deus e teve revelação sobre o fim deles, que é a perdição. Muitas vezes as pessoas ficam também incomodadas com as riquezas de pessoas desonestas e corruptas, enquanto muitas pessoas honestas passam aperto e dificuldades. E essa é uma questão teológica clássica. Mas é na presença do Senhor onde temos a revelação sobre o que realmente vale a pena na vida. E o sucesso ilícito ou iníquo não compensa.

2. Sucesso Circunstancial: Ec 2.21; Jó 22.8. 

Há pessoas que desfrutam de prosperidade simplesmente porque nasceram ou estavam no lugar certo e na hora certa. Exemplos disso são pessoas que nascem em famílias de dinastias reais ou detentoras de fortunas, pessoas que recebem grandes heranças, ganham grandes prêmios, descobrem tesouros (como poços de petróleo ou minas de ouro), pessoas que nascem em contextos econômicos favoráveis (países ricos, como os escandinavos) e que, por fatores circunstanciais, sem nenhuma relação com mérito, acabam desfrutando de uma prosperidade ou "sucesso" que lhes alcançou. Talvez nem se deva chamar isso de "sucesso", mas sim de "favorecimento". Mas o fato é que uma pessoa que nasceu na Noruega, por exemplo, tem muito mais chances de obter sucesso profissional e financeiro do que outra que nasceu em um país pobre da África. São sucessos que, em grande parte, podem ser atribuídos às circunstâncias favoráveis. O fruto do trabalho de um homem acaba ficando para outro, que não fez nada para o obter. Eclesiastes 2.21 chama isso de "vaidade e grande mal" (por não ser justo). Mas faz parte da vida. E Jó 22.8 menciona os "homens favorecidos" a quem pertencia a terra. É o que estamos classificando aqui de "sucesso circunstancial".

3. Sucesso Gerencial: Sl 115.16; Pv 10.4; 12.24,27; 13.4; 21.5. 

"Sucesso Gerencial" talvez seja um nome pobre para definir essa categoria de sucesso. É aquele que vem como resultado do mérito, boa administração e princípios daquele que o obteve. A Bíblia valoriza o trabalho, a diligência e a boa governança como os fatores que trazem prosperidade ao homem. A terra, Deus à deu aos filhos dos homens, diz Salmos 115.16. Isso significa que aqueles que obtiverem sucesso irão ampliar o seu domínio e prosperar. E assim têm sido a história da humanidade. Têm prevalecido aqueles que obtiveram algum tipo de sucesso, seja ele bom ou ruim. Mas existe ainda um outro tipo de sucesso, que é o verdadeiro e realmente abrangente, pois engloba os aspectos material, emocional e espiritual, que é o tipo de sucesso que devemos buscar e que descrevemos a seguir. 

4. Sucesso Providencial (providência de Deus, benção): Gn 39.3; Dt 29.9; 1 Cr 22.13; Ne 2.20; Sl 1.3. 

Deus intervém na história e na vida das pessoas trazendo a sua providência ou benção, como resultado da sua obediência ou como instrumento para cumprimento do Seu propósito. Em Gênesis 39.3, só para citar um exemplo, vemos Deus abençoando a vida de José, fazendo-o prosperar em tudo o que fazia. E vemos nos textos seguintes as promessas de Deus de prosperidade para aqueles que obedecerem à Sua voz e corresponderem ao seu plano. Devemos aliar o trabalho, a diligência e a boa administração com os fatores de obediência e correspondência a Deus que trazem suas bençãos sobre nós, para obtermos o verdadeiro sucesso. 

Lembrando que sucesso não significa riquezas, fama e poder. Significa ter provisão, suficiência, paz e aquele sentimento íntimo e maravilhoso de ter cumprido o propósito de Deus para sua vida. No extremo, até mesmo pessoas presas ou que se tornaram mártires por amor a Jesus, foram pessoas de sucesso, porque cumpriram seu propósito, marcaram seu nome na história e receberam, por isso, uma grande recompensa de Deus. O verdadeiro sucesso é aquele que vem de Deus!

Roberto Coutinho

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Chaves Para Uma Vida de Sucesso: Parte 3 - Dez Atitudes Para o Sucesso - Salmos 37.


Dez Atitudes Para o Sucesso - Salmos 37

Nossa atitude perante a vida é determinante para o tipo de resultado que iremos obter. Por detrás de todo vencedor há uma atitude característica, que o distingue e o faz ir mais longe do que os outros. E isso é verdade também na nossa jornada espiritual. Nossa atitude determina nosso crescimento. Determina nosso êxito. E precisamos aprender a ter as atitudes que as Escrituras no ensinam a ter, que agradam a Deus e nos conduzem pelo caminho da vitória.

Salmos 37 nos traz uma análise abrangente de como devem ser nossas atitudes diante das dificuldades da vida. E podemos encontrar ali, pelo menos, dez atitudes que devemos cultivar para obter sucesso mesmo diante de situações adversas, conforme descrevemos a seguir:

1. Não se indignar (v 1): a indignação é um sentimento humano natural diante das injustiças, mas não costuma ser uma boa conselheira. Como filhos de Deus somos convidados a ter uma outra leitura da situação, acima do olhar meramente humano, e tendo a consciência de que o Senhor está acima de tudo e que, a seu tempo, fará justiça.
2. Confiar no Senhor (v3): confiar é uma atitude geralmente muito difícil para o homem, porque gostamos sempre de estar no controle de tudo. Mas confiar no Senhor é chave para o sucesso porque Ele, muito melhor do que nós, sabe qual caminho devemos seguir. 
3. Agradar-se do Senhor (v 4): "agradar-se do Senhor" significa experimentar Dele, viver em Sua presença e desfrutar do Seu amor e Sua graça. É ter um relacionamento de qualidade com Ele, com intimidade e correspondência. Esse é um atributo essencial daquele que obtêm verdadeiro sucesso na vida, mesmo diante de adversidades. 
4. Entregar o caminho ao Senhor (v 5): quem está no comando? Podemos até orar, pedir sempre a ajuda de Deus, mas não abdicarmos do controle total da nossa vida. "Entregar o caminho ao Senhor" não significa comodismo, entregar os pontos ou uma atitude de conformismo. Significa entregar o comando da nossa vida ao Senhor. Agir de acordo com a vontade Dele, confiando que Ele sabe o caminho no qual devemos andar, e que esse caminho vai nos conduzir à vitória. 
5. Descansar no Senhor (v 7): essa é uma atitude também essencial e que devemos desenvolver: o descanso em Deus. E descanso fala de alívio e renovação. Creio que fala de nos aliviarmos das tensões e sentimentos negativos que tendemos a acumular, através de estar no Senhor, em Sua presença e em Sua palavra. Cansar é um efeito natural da caminhada. Mas precisamos aprender a descansar no Senhor e permitir que nossos sentimentos e emoções sejam "acalmados" em Sua presença, e a nossa fé e as nossas forças sejam renovadas. Você sabe descansar no Senhor?
6. Deixar a ira (v 8): é realmente difícil não ficar irritado às vezes, não é? Nossa tendência é ir nos impacientando diante das adversidades. E esse é um sentimento acumulativo, que pode nos levar a agir de maneira hostil e nada construtiva. Como nos alerta o texto, devemos não nos impacientar, pois isso não vai acabar bem. Ira e impaciência são sentimentos que não devemos deixar crescer em nosso coração. Eles não produzem bons resultados e não nos levam a reproduzir um estilo de vida que agrade ao Senhor.
7. Ser grato pelo pouco (v 16): nem ter pouco, nem ter muito é algo ruim em si. Depende da atitude que temos em cada uma dessas situações. O pouco do justo vale mais do que a abundância de muitos ímpios por causa da base em que estão edificando e do destino que estão determinando. Não trata-se de uma apologia da pobreza. É apenas uma exaltação de valores. Por isso devemos aprender a ser gratos e justos mesmo quando temos pouco. Podemos até sonhar e buscar mais, mas sem perdermos a base da gratidão e da justiça.
8. Apartar-se do mal e praticar o bem (v 27): em outras palavras, seja qual for a situação, nada de truques ou macetes. Nada de atalhos. Devemos nos apartar do mal e praticar o bem. Mesmo que a situação atual seja desfavorável, no médio e longo prazos, a prática do bem e andar no caminho correto sempre nos trarão uma recompensa maior. Iremos permanecer ou, como diz o versículo, "nossa morada será perpétua".
9. Esperar no Senhor e seguir seu caminho (v 34): a estagnação é um dos maiores inimigos do sucesso. O desânimo também. E esse versículo ensina um antídoto para esses sentimentos negativos: "esperar no Senhor e seguir o seu caminho". Interessante como as palavras chaves "esperar" e "seguir", que aparentemente são contraditórias, são apresentadas como complementares. Devemos esperar e seguir, ao mesmo tempo. Fala de atitude interna e ação externa. Nunca devemos parar e nem deixar de confiar no Senhor. Continue crendo. Continue trabalhando. Avance. Levante-se, renove-se. Não importa quanto tempo já se passou. Devemos continuar crendo e caminhando. Seguir em frente é uma das mais nobres atitudes de uma pessoa vencedora.
10. Observar os bons exemplos (v 37): os bons exemplos são sempre uma inspiração e uma fonte de sabedoria para nós. Sempre nos fortalecem e fornecem a referência que necessitamos tantas vezes. Observar e seguir os bons exemplos também é uma chave de sucesso que devemos aprender. Sempre existem pessoas mais maduras que nós, que venceram os mesmos desafios e outros ainda muito maiores, o que sempre nos traz consolo e ensino.  

A Atitude Central: Intimidade com o Pai.

Algo que devemos entender é que nenhuma dessas atitudes pode ser realmente cultivada se não for através de um relacionamento íntimo e de qualidade com Deus. E é através de Jesus, e pelo Espírito Santo, que temos comunhão verdadeira com Deus e revelação do Pai. É neste contexto que podemos desenvolver essas atitudes de confiança, entrega e imunidade à ira e indignação que batem à porta do nosso coração. A atitude central é essa: descansar no amor e na provisão do Pai!

Roberto Coutinho

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Chaves Para Uma Vida de Sucesso: Parte 2 - Sucesso e Direção Profética



Sucesso e Direção Profética


"Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus".

Mateus 4.4

O que quer dizer "não só de pão viverá o homem"? Quer dizer que a dimensão material não é a única a ser suprida, caso o homem queira viver uma vida plena, mas também a emocional e espiritual. E o fator apontado por Jesus como aquele que completa a vida do homem é a  "PALAVRA QUE PROCEDE DA BOCA DE DEUS"! A sua Palavra viva, que vem Dele diretamente para nós.


Para ter sucesso verdadeiro é fundamental andar na direção de Deus.

Para vivermos uma vida de sucesso, do ponto de vista de Deus, é fundamental andarmos debaixo de uma direção, uma palavra clara de Deus para nós. Não apenas as orientações gerais da Bíblia para todos os cristãos, que também são fundamentais, mas precisamos também de uma palavra de Deus específica para nossa vida: sua direção, propósito e planos para nós e nossa família e nosso ministério. Existe uma dimensão geral e uma específica da sua vontade para nós. E devemos ter entendimento das duas, e andarmos nelas, para que possamos "viver", ou seja, alcançarmos êxito em nossa vida. Nem só de pão viverá o homem, mas de todas palavra que procede da boca de Deus.

O que Deus fala - sua palavra viva, procedente da sua boca - tem o poder criativo de transformar e moldar as circunstâncias:

"assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará para aquilo que a designei".

Isaías 55.11

Portanto, se temos uma palavra de Deus para nossa vida e andarmos nela, também iremos prosperar. Iremos obter o êxito e, portanto, o sucesso que Ele planejou para nós. Vemos aqui uma conexão entre o verdadeiro sucesso e a direção profética de Deus para nós.

 Os Judeus Prosperando Pela Palavra Profética

No livro de Esdras vemos a história do povo de Israel sendo bem sucedido na reconstrução do Templo, de maneira milagrosa em função das circunstâncias e dos inimigos ao redor que se opunham àquele propósito. Mas o texto de Esdras 6.14 nos dá uma das chaves que os levaram à vitória:

"E os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando pela profecia do profeta Ageu, e de Zacarias, filho de Ido. E edificaram e terminaram a obra conforme ao mandado do Deus de Israel, e conforme ao decreto de Ciro e Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia".

Esdras 6.14

Eles tinham a palavra profética de Deus afirmando que o Templo seria reconstruído, e eles iam edificando com base nessa palavra, e foram bem sucedidos. Eles entenderam a mensagem de Deus para seu tempo, corresponderam a ela e obtiveram sucesso. Cumpriram seu propósito e tornaram-se relevantes por isso.

A Exortação de Paulo a Timóteo

Temos um exemplo da aplicação prática desse princípio na vida de Timóteo, o discípulo de Paulo, no Novo Testamento. Olhe a exortação que o Apóstolo faz ao seu discípulo no versículo abaixo:

"Este é dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate"

1 Timóteo 1.18

Nós temos que andar, e combater o bom combate, firmados nas profecias de Deus para nós. Porque se ouvirmos a sua voz, a palavra que procede da boca de Deus, a palavra profética e de direção para nós e correspondermos a ela, seremos bem sucedidos. 

O Desafio Espinhoso

O problema é que muitas vezes Deus nos fala, mas nós resistimos ou desprezamos a sua palavra para nós:

"Não desprezeis as profecias". 1 Tessalonicenses 5.20

Era exatamente o que Paulo estava exortando Timóteo a não fazer: desprezar ou desistir das coisas que Deus disse que iria fazer em sua vida. Não é porque Deus falou que irá fazer, é que as coisas serão fáceis. Ele precisa da nossa fé e de nosso empenho, para combatermos o bom combate e trazermos à existência aquilo que Ele falou. 


A minha vontade ou a vontade de Deus?

O questão é que temos sempre a opção de descartar a vontade de Deus e optar pela nossa própria. Temos a opção de desprezarmos as profecias. De não ouvirmos a palavra que procede da boca de Deus. E como disse Jesus, quando fazemos isso, por mais "pão" que tivermos, jamais vamos viver plenamente. Jamais teremos um sentimento interior de verdadeiro sucesso.

Portanto, andar na vontade e na direção de Deus, inclusive acolhendo e andando em conformidade com as profecias que recebemos, é essencial para experimentarmos o verdadeiro sucesso.

Roberto Coutinho

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Chaves Para Uma Vida de Sucesso - Parte 1: Posicionando-se Para o Sucesso.


Notas de Estudo


1. Você torna-se relevante quando descobre e anda naquilo que Deus planejou para sua vida.

Efésios 2.10: A palavra “feitura” vem do grego “poiema” que significa “obra feita à mão”, “artesanato”, “obra de arte”. É dela que se origina a palavra “poema”.

-  Deus nos criou como uma Obra de Arte. E quando andamos nas boas obras que Ele, de antemão, preparou para nós (Seu plano para nossa vida), então nós nos tornamos essa Obra de Arte que Ele criou.

Ilustração:

A obra de Leonardo da Vinci, "Salvator Mundi" (Salvador do Mundo) ficou perdida por séculos. Ela havia recebido pintura por cima, o que a fazia parecer uma cópia. Certa vez, quando um restaurador colocou resina artificial nela, a resina ficou cinza e teve que ser removida meticulosamente. Quando eles tiraram o excesso de pintura, foi revelada a pintura original. Via-se uma pintura incrivelmente delicada. Todos concordaram que ela havia sido pintada por Leonardo da Vinci. Uma análise feita posteriormente por especialistas do Metropolitan Museu of Art de Nova York e da Universidade de Columbia atestou a autenticidade da obra.


Especialistas examinam o quadro "Salvator Mundi", de Leonardo da Vinci

- Quando perdemos o propósito de Deus para nós e não andamos nele, nos tornamos como aquele quadro perdido de Leonardo da Vinci. Nos tornamos irrelevantes e não causamos o impacto positivo que nascemos para trazer. Os traços de tintas, de qualidade inferior, que refletem nossas próprias escolhas e vontades, retêm e escondem a beleza do plano de Deus para nós, e ela perde a expressão e o propósito planejados para ela antes da fundação do mundo.

- ...“criados em Cristo Jesus”...a nossa vida de sucesso, cumprindo o propósito de Deus, é o resultado de um ato criativo de Deus:

E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” 2 Coríntios 5.17.

- A maneira de Deus tratar com os efeitos do pecado em nossa vida é através dos seus atos criativos, nos transformando daquilo que éramos para aquilo que nascemos para ser.

2. Encontrando Seu Lugar, Função e Visão.

Provérbios 16.1-9: Podemos observar neste texto que o verdadeiro sucesso na vida do homem é o resultado de andar na direção de Deus, confiar nele e não andar em seu próprio caminho e entendimento.

Conforme Myles Munroe ensinou certa vez, a felicidade do homem está em obter uma resposta satisfatória para cinco perguntas fundamentais que governam a sua atitude, valores e procedimento:

1. De onde eu vim? (Origem)
2. Quem eu sou? (identidade)
3. Para que eu nasci? (Propósito)
4. O que eu posso fazer? (Potencial)
5. Para onde estou indo? (Destino).

Portanto, para alcançarmos o verdadeiro sucesso, precisamos ter uma revelação de Deus sobre cada um desses aspectos de nossa vida: Origem, Identidade, Propósito, Potencial e Destino.

-  A maioria de nós tem apenas uma superficial revelação sobre sua origem (fui criado por Deus!) e destino (vou para o céu!), mas carece de uma revelação prática da vontade de Deus quanto ao que Ele quer que sejamos (identidade), para fazer o quê (missão pessoal, propósito) e sobre o quanto podemos fazer (potencial).

- Obter respostas para essas perguntas e corresponder a Deus é essencial para alcançarmos sucesso abrangente, e não apenas sucesso focal ou fracasso em nossa vida.


Roberto Coutinho

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Chaves Para Uma Vida de Sucesso - Introdução










Notas de Estudo:

1. O que é "Sucesso"?


"Alcançar a meta", "resultado excelente", "resultado gratificante", "cumprimento do propósito", etc. 

Há inúmeras definições, dependendo do ponto de vista de quem a define.

Sucesso é atingir, plenamente, os objetivos estabelecidos. Sucesso, portanto, depende dos objetivos estabelecidos (conceito relativo). Ex.: o conceito de sucesso para um criminoso é o oposto ao do policial.

- Que tal sabermos o que é sucesso do ponto de vista de Deus?

- Sucesso e fracasso não são nem bons nem ruins em si mesmos. Depende de sua origem e de como você lida com eles.

2. Sucesso Focal x Sucesso Existencial


- Ex.: Sucesso na Carreira x Sucesso na Vida. Sucesso Financeiro x Sucesso na Vida.

- João 10.10: Jesus não veio para que tivéssemos sucesso em áreas de nossa vida, mas para que tivéssemos "vida abundante"; (Sucesso Existencial).

- Mateus 16.26: Ganhar o Mundo x Perder a Alma (Vida).

- Lucas 12.13-21: Rico Materialmente (Focal) x Rico para com Deus (Existencial).

3. O Sucesso é Tridimensional!


- O Sucesso verdadeiro é "tridimensional" porque o homem é "tridimensional"!

- 1 Tessalonicenses 5.23: ..."espírito, alma e corpo"...

- Corpo: físico e biológico. Sede dos 5 sentidos.
- Alma: Vontade (eu quero), Emoções (eu sinto) e Intelecto (eu penso). Governam nosso destino!
- Espírito: Comunhão, Intuição e Consciência. Ponto de comunhão com Deus.

- 3 João 2: ..."faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma"... conexão entre "prosperidade da alma" e "prosperidade e saúde" material e física.

4. Deus Quer o Nosso Sucesso!


- Isaías 48.17-19: Ensinar e Guiar. Nossa contrapartida: Aprender e Andar no Caminho Certo. É aqui que, geralmente, erramos e somos lerdos para corresponder!

- Deus não quer apenas salvar a nossa alma do inferno! Quer nos ensinar o que é útil, ou seja, nos conduzir pelo caminho de aprendizado e obediência que nos leva a ser o que Ele planejou que fôssemos. E esse é o verdadeiro sucesso do homem

ConclusãoO Sucesso de Deus envolve nosso espírito, alma e corpo. Nossa dimensão Espiritual, Emocional e Física. Fala de bem estar físico e emocional e de vitória espiritual.


Roberto Coutinho - 25/01/2015.


domingo, 18 de janeiro de 2015

Chaves Para Uma Vida de Sucesso

Nova Série de Estudos, por Roberto Coutinho



Geralmente não temos a intenção de errar. Mas o fato é que, em nossa caminhada com o Senhor, sentimos frequentemente que estamos perdendo algo maior. Vemos uma grande distancia entre aquilo que vivemos e aquilo que, sabemos, Deus tem para nós. Mas esse sentimento inquietante que temos dentro de nós não é ruim. Na verdade, é o que está, delicadamente, tentando nos impulsionar para a direção certa. O caminho que o Senhor preparou para nós. O caminho do verdadeiro sucesso.

Em "CHAVES PARA UMA VIDA DE SUCESSO" vamos procurar juntos, nas Escrituras, algumas respostas para estas e outras perguntas inquietantes que carregamos dentro de nós: O que Deus tem para minha vida? Por que muita coisa não dá certo, apesar de eu caminhar com Jesus? Por que há tantas respostas de oração que parecem nunca chegar? Por que as bençãos, tão frequentemente pregadas nos púlpitos, não se tornam realidade em minha experiência diária? Por que há coisas em minha vida que, apesar de eu saber que não agradam ao Senhor, eu não consigo de fato me livrar delas? Por que coisas ruins acontecem em minha vida, apesar de eu ser cristão e ir à igreja?

Talvez algumas dessas perguntas tenham batido a porta do seu coração. Talvez até mesmo outras parecidas. Você sabe que Deus deseja o seu sucesso pessoal e no seu Reino, mas você sente-se distante de experimentar essa vida de vitória? E você NÃO ESTÁ conformado com isso? Então, esse estudo é para você! E eu te convido para percorrermos juntos as Escrituras para aprendermos o que ela nos revela à respeito. Vou compartilhar também da minha experiência pessoal e a de outros homens e mulheres de Deus que falaram e escreveram a respeito. E tenho certeza que Deus vai abençoar a sua vida, assim como tem abençoado a minha e a de minha família, através da reflexão e da busca da vontade e do crescimento que Deus tem para cada um de nós.

Estarei compartilhando essa Palavra pessoalmente aos nossos discípulos e amigos aqui de Taubaté, nas reuniões da Comunidade da Família Cristã e estarei publicando, semanalmente, aqui no Blog, um resumo dessas Palavras.

Que o Senhor nos abençoe nessa jornada espiritual!

Roberto Coutinho
Comunidade da Família Cristã
Taubaté - SP.