quarta-feira, 16 de outubro de 2019

"Ainda que os Faça Esperar"


"Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que os faça esperar"
Lucas 18.7

Vivemos no mundo das respostas rápidas: fastfood, compras online, internetbank, mensagens instantâneas, etc. Temos nos habituado cada vez mais com respostas rápidas e imediatas ao alcance de nossos dedos e à hora que quisermos. A vida se tornou expressa e "esperar" é um verbo que ninguém mais parece estar disposto a conjugar.

Mas uma das lições que aprendemos andando com Deus é que Ele, em sua soberania, não tem compromisso nenhum com a nossa pressa. Aliás, Einstein fez demonstrações matemáticas de que o tempo é relativo e isso parece corroborar a ideia de que o Senhor, como ser supremo, não está sujeito à prisão do tempo como nós. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13.8). Ele é o "Eu Sou" (Êxodo 3.14). Ele não é o "Eu Era" e nem o "Eu Serei". Ele é o "Eu Sou". Definitivamente, tempo é algo absolutamente diferente para Deus do que é para nós. 

Esperar é uma atitude contrária à nossa natureza
As Escrituras dizem que tudo tem o seu tempo (Eclesiastes 3.1-8). Mas para Deus essa noção de tempo parece estar mais ligada a sequência de eventos e "estar pronto" para algo do que com prazos curto, médio ou longo. Existe para Ele apenas o "tempo certo". E creio que temos que aprender essa noção de tempo de Deus. Nossa pressa e ansiedade costumam ser, na verdade, empecilhos para o seu rápido mover.

"Digo-vos que depressa lhes fará justiça" (versículo 8). Espera aí Jesus! Ele vai nos fazer "esperar" ou vai "depressa nos fazer justiça"?  Vejam como a noção de tempo de Deus é confusa para as nossas mentes. Ele vai "depressa nos fazer justiça" assim que chegar o momento certo. Talvez Ele nos faça esperar, mas somente pelo tempo realmente necessário.

Deus fará justiça no tempo certo. Se você tem clamado de dia e de noite por algo justo, Ele fará justiça, ainda que te faça esperar um tempo. Temos que aprender a esperar Nele. Alguém disse que quando você ora e Deus não muda a situação é porque Ele está querendo  mudar você e não a situação. A seu tempo a situação também vai mudar.

Ele fará justiça, ainda que te faça esperar um tempo!

Roberto Coutinho


quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Sete Prioridades que Produzem Maturidade - Parte 7 (Final)


Caráter e Dons


Segue a sétima e última parte dessa nossa série de estudos. Não deixe de ver as outras partes sobre esses importantes princípios e prioridades que operam maturidade em nós. Não deixe de ver nenhuma das sete partes! Vamos em frente...

7. Caráter e dons são dois aspectos essenciais para uma liderança cristã eficaz. Mas caráter é mais importante do que dons. (Mateus 7.21-23)

Uma pessoa pode destruir, com o seu caráter, aquilo que construiu com os seus dons. Quantos líderes e pessoas carismáticas construíram, com seus dons e talentos, ao longo de anos, obras e grandes realizações para depois, às vezes num instante, destruírem tudo devido a falhas em seu caráter? Caráter e dons são importantes para um serviço e um ministério eficazes, mas o caráter é mais importante do que os dons, porque o caráter protege os dons. Muitas pessoas oram para receber dons e talentos, e é importante que o façam. Mas poucas pessoas oram por caráter, pedindo ao Senhor que lhes conceda e forme nelas o seu próprio caráter – os traços e a beleza do caráter de Cristo – que é o que dá sustentação verdadeira a um ministério eficaz e duradouro. Dons e unção são importantes. Mas caráter é mais importante do que dons.

Como eu disse na introdução dessa série de estudos, há muitos outros princípios e prioridades que cooperam para o nosso crescimento em Deus. O importante é que, à medida que os entendamos, sejamos capazes de fazer aplicação prática deles em nossa própria experiência, não só para a nossa maturidade, mas para que possamos estar equipados para levar a Palavra do nosso amado Senhor Jesus a todos que pudermos alcançar com nossa vida e testemunho, ensinando-as a guardar todas as coisas que temos aprendido com o nosso Mestre. É esse aprendizado pessoal e em comunhão que nos torna aptos a fazer discípulos de todas as nações, de forma efetiva e eficaz.

 Reveja, com atenção e reflexão cada um dos sete pares de aspectos que estudamos nessa série de estudos. Vistos em conjunto eles proporcionam a você um melhor entendimento sobre como esses aspectos, quando colocados na devida perspectiva e na correta prioridade, operam crescimento e maturidade em sua vida.

Que o Senhor abençoe sua vida, até a próxima!


Roberto Coutinho

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Sete Prioridades que Produzem Maturidade - Parte 6


O Caminhos e as Obras do Senhor


Segue a parte 6 do nosso estudo (se você perdeu as anteriores, veja-as):

6. Os caminhos do Senhor e as suas obras são duas áreas importantes do nosso conhecimento Dele. Mas conhecer os seus caminhos é mais importante do que conhecer as suas obras. (Salmos 103.7; João 17.3)

Moisés e o povo de Israel tinham níveis diferentes de revelação do Senhor. O povo conheceu e testemunhou as obras e os grandes feitos de Deus, mas Moisés conheceu mais: conheceu o próprio coração e a mente do Senhor. Conheceu os seus caminhos. A mente do Senhor é mais importante do que as suas mãos. Nós podemos conhecer e até mesmo experimentar o que Ele faz, mas não conhecer realmente a sua pessoa, seus caminhos, sobre como trabalha em nós e o que é realmente importante para Ele. É importante conhecer as suas obras, mas elas fornecem uma revelação apenas parcial sobre a sua Pessoa. Elas testemunham sobre o seu caráter, sua fidelidade e amor. Mas podemos estar mais focados no que Ele faz em si, como o povo de Israel, do que no próprio Deus, e acabamos não nos tornando aptos a realizar o seu propósito. Podemos acabar nos tornando infrutíferos.  

A vida eterna é conhecer a Deus (João 17.3) e não apenas o que Ele faz. Conhecer as suas obras é muito importante. Fortalece a nossa fé. Mas conhecer os seus caminhos é mais importante do que conhecer as suas obras.

Você tem conhecido os caminhos do Senhor, a forma como age e opera em sua vida? Tem encontrado o seu prazer em conhecer a Deus, independentemente do que já fez ou tem feito? 

Até o nosso próximo post sobre essa série... sobre o equilíbrio entre caráter e dons (Parte 7).


Roberto Coutinho

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Sete Prioridades que Produzem Maturidade - Parte 5

 

Dar e Receber


Segue a parte 5 do nosso estudo (se você perdeu as anteriores veja-as):

5. Dar e receber são duas ações presentes em todos os nossos relacionamentos. Mas dar é mais importante do que receber. (Atos 20.35; 2 Coríntios 9.7)

Essa é uma das lições de Jesus que, a princípio, mais parece contrariar nossa natureza humana pois, em geral, nós gostamos mais de receber. Mas mesmo de um ponto de vista humano há muita gratificação pessoal no ato de dar, de alegrar o coração de alguém dando-lhe algo de que necessita ou mesmo, simplesmente, para demonstrar nosso afeto. E as Escrituras nos ensinam que, na verdade, é mais bem aventurado dar do que receber. Dentre outras coisas porque dar nos torna semelhantes a Deus, que “deu” o melhor do que tinha para nós: o seu único e amado Filho. “Dar”, portanto, mesmo quando aparentemente não há nada a receber em troca, nos torna semelhantes a Ele. Generosidade é um dos atributos de Deus, e quando somos generosos nos tornamos semelhantes ao nosso Pai. E quem dá, oferecendo o seu melhor, semeia constantemente o bem. E isso, via de regra, acaba retornando a nós na forma de bênçãos. Não porque se trata de uma negociata. Mas porque colhemos daquilo que semeamos ao longo da vida. Semeando o bem acabaremos sempre recebendo o bem de volta. Dar e receber é algo legítimo em toda relação – com as pessoas e com Deus. Mas dar é mais importante do que receber.

Reflita sobre como está esse balanço entre o dar e receber em sua vida. Você tem facilidade de ser generoso e responsivo às oportunidades de ofertar seu tempo, sua vida e seus recursos conforme suas possibilidades e desafios ao redor?

Até o nosso próximo post, sobre os caminhos e as obras do Senhor (Parte 6).

Roberto Coutinho