segunda-feira, 16 de março de 2015

Chaves Para Uma Vida de Sucesso: Parte 6 - A Influência de Nossas Palavras



Há um ensino claro nas Escrituras  estabelecendo uma ligação entre o que falamos - nossa linguagem - e os frutos que obtemos em nossa vida. Em outras palavras, elas interferem em nosso destino. O sucesso ou o fracasso futuro pode ser determinado pelo que falamos hoje. É um principio que opera em ciclos de "plantar e colher"

Antes de mais nada é preciso fazer a distinção entre esse ensino bíblico sobre o uso das palavras com o que ficou conhecido, no meio secular, como "programação neurolinguística".  Esta última são técnicas que visam a melhorar a experiência humana e a sua capacidade de superação e atingimento de metas, através do uso da linguagem e da comunicação, buscando afetar positivamente nosso cérebro e nossa percepção da realidade. Já o enfoque bíblico é de outra natureza. Assenta-se sobre princípios de dimensão comportamental e espiritual, estabelecendo uma relação de causa e efeito entre o que falamos e o que colhemos. E esses aspectos podem ser naturais ou espirituais, conforme veremos a seguir.

"Vinde, filhos, escutai-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor. Quem é o homem que ama a vida e quer longevidade para ver o bem? Refreie a língua do mal e os lábios de falarem dolosamente".

Salmos 34.11-13

"Refrear" a língua: fator que contribui para o nosso sucesso.

"Amar a vida" e "longevidade para ver o bem" são frases que denotam o que temos chamado nesse estudo de "verdadeiro sucesso". E qual é a condição apontada para que o experimentemos? Refrear a língua do mal e os lábios de falarem dolosamente.  O uso adequado da língua é determinante para o nosso sucesso. Talvez não haja outro órgão que seja tão importante para o nosso futuro como a nossa boca. E a Bíblia nos ensina a guardá-la cuidadosamente. Na verdade, vai mais longe, ensinando-nos a "refreá-la", que fala de uma atitude radical para mantê-la sob controle. E não é sem razão que a Bíblia é tão enfática sobre isso.

"O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína".

Provérbios 13.3

Os efeitos do mal uso da língua podem ser devastadores. Primeiramente, o texto diz que guardar a boca "conserva a alma", ou seja, nos guarda de danos morais e mesmo espirituais. Diz também que quem abre muito os lábios "a si mesmo se arruína'". E ruína é algo abrangente, que envolve também o aspecto material. As consequências do mau uso da língua podem ser espirituais, emocionais e materiais.

Aspectos Espiritual e Natural do Uso da Língua

Tanto benção como maldição estão ligados ao ato de "falar" ou "proferir". São o resultado de palavras proferidas: ou de benção ("bem-dizer") ou de maldição ("mal-dizer"). O que declaramos tem eficácia no mundo espiritual. Tanto que "confessar com a boca" a nossa fé em Jesus, de coração, sela a nossa salvação (Romanos 10.9-10). Portanto o que falamos, tanto de bom quanto de mau, têm impacto espiritual sobre o curso de nossa vida.

Por outro lado, o que falamos de ruim, como palavras arrogantes, ou mentiras, acabam nos trazendo o mal, até pela reação natural de oposição que elas causam nas outras pessoas em relação a nós. Quem somente semeia inimizades, colhe o mal. Da mesma forma que quem cultiva boas amizades, semeando sempre generosidade e justiça, também acaba colhendo os bons frutos das suas palavras e ações. Veja essas verdades nos versículos abaixo:

"A língua serena é arvore de vida, mas a perversa quebranta o espírito". Provérbios 15.4

"A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto". Provérbios 18.21

Podemos destruir com a nossa boca o que construímos com o nosso trabalho. Saber fazer bom uso dela é um fator fundamental que contribui para o nosso verdadeiro sucesso. 

Roberto Coutinho