domingo, 11 de agosto de 2013

Pai: Referência de Deus. Senso de Origem e Destino.

"Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar".
Mateus 11.27

Jesus deixa claro nesse versículo que Ele veio para nos revelar Deus como "Pai". Deus não era conhecido assim até então. Você praticamente não encontra nenhuma referência a Deus no Velho Testamento como Pai. Ele era chamado de Senhor, Jeová, El Shadai (Todo Poderoso) e assim por diante. Devido ao mandamento de não tomar o seu Santo Nome em vão, os judeus evitavam pronunciá-lo. Era uma relação onde Deus era o Senhor, excelso, e eles o seu povo amado - seus servos. A revelação de Deus como Pai só acontece com vinda de Jesus. E a razão é simples, e foi explicada pelo próprio Jesus:

..."quem vê a mim, vê o Pai. Como dizes tu: mostra-nos o Pai?" João 14.9b.

Não há Pai a menos que haja um Filho. Ninguém se torna um Pai enquanto não for revelado que ele tem um filho. E Jesus não só veio para revelar-se como Filho de Deus, mas para nos dar a possibilidade de também nos tornarmos filhos de Deus (João 1. 12). E de desfrutarmos dos benefícios de nossa filiação (Romanos 8.15 e Gálatas 4.6-7)




Um outro significado subjacente a esse é o que nos é revelado em Efésios 3.14-15. Como Derek Prince, um renomado Mestre da Palavra escreveu certa vez, esse texto nos revela que toda a paternidade deriva da paternidade original de Deus. Portanto, os pais recebem uma autoridade que é derivada da autoridade original de Deus. E a figura do nosso pai natural reflete a imagem de Deus como Pai.

Estudos foram realizados e comprovaram os reflexos negativos da ausência da figura do pai no desenvolvimento humano. Um excelente e reconhecido estudo nesse sentido foi conduzido por um psicólogo e pesquisador francês chamado Guy Corneau. Ele não tem um enfoque cristão mas demonstra, com clareza, a necessidade humana da figura do Pai. Ele estudou os efeitos da ausência paterna na geração que cresceu, sem os seus pais, logo após a Segunda Guerra Mundial, devido à enorme quantidade de homens que morreram no conflito. Esse estudo é sintetizado no excelente livro: "Pai Ausente, Filho Carente", publicado em português pela Editora Brasiliense. Recomendo, a todos que puderem, a leitura desse livro.



Capa do livro "Pai Ausente, Filho Carente".

 Portanto a figura de nosso Pai natural é uma referencia moral, afetiva e espiritual que nos revela não somente a nossa origem, mas também o nosso destino. 

Que todos nós possamos honrar nossos Pais e celebrarmos, neles, a autoridade e a revelação de Deus em nossa vida!

Roberto Coutinho

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