domingo, 30 de junho de 2013

TIAGO - PARTE 5: OS PECADOS DA LÍNGUA

"Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã".
Tiago 1.26

Chama a atenção a posição de centralidade que Tiago dá à questão da língua, afirmando que nossa relação com Deus (religiosidade) é vã se não formos capazes de refrear a nossa língua. Mas porque a língua exerce uma influência tão forte em nossa vida espiritual? Como ela exerce essa influência?

Em primeiro lugar, porque nós podemos anular, com nossas palavras, aquilo que fazemos. Mesmo que tenhamos boas ações e aparência de piedade, se abrirmos demais a nossa boca, acabaremos colocando a perder tudo aquilo que construímos. Veja este versículo de Provérbios:

"O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os seus lábios a si mesmo se arruína".
Provérbios 13.3

Bastam algumas palavras para por tudo a perder em um relacionamento, uma amizade, em uma negociação ou mesmo em um casamento ou na Igreja. Palavras erradas ou ditas em hora errada podem comprometer todo um trabalho. E quanto mais falamos, mais chance temos de errar.

Em segundo lugar, o uso de nossa língua é tão importante porque, no mundo espiritual, nossas palavras tem o poder de um documento assinado:

"Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante do meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai, que está nos céus".
Mateus  10.32-33

Nossas palavras, no caso da confissão descrita acima, tem o poder de selar a nossa vida eterna. Elas determinam a posição de Jesus com relação a nossa salvação. A confissão é o uso da língua com o objetivo de definir o nosso posicionamento espiritual. Tem o valor de um documento assinado perante o mundo espiritual. Temos que tomar cuidado, portanto, com o que confessamos. Nossas palavras abrem o mundo espiritual diante de nós, tanto para nos trazer bençãos como para nos trazer maldição, dependendo de nossas palavras. Veja também Romanos 10.9-10 e Provérbios 18.21.


Vejamos a seguir algumas consequências do mau uso da língua:

1. Angústia: Provérbios 21.23 
2. Infelicidade: 1 Pedro 3.10
3. Destruição: Provérbios 18.7
4. Impureza: Mateus 15.11

É importante observarmos como, tanto o mau como o bom uso da língua, sempre traz consequências na vida pessoas. De alguma forma estamos sempre colhendo os frutos das palavras que plantamos.

"Põe Guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios"
Salmos 141.3

Agora vejamos alguns pecados da língua descritos pelas Escrituras:

1. Falar mentiras: Efésios 4.25
2. Palavras impuras: Efésios 4.29
3. Mexericos: Levíticos 19.16; Provérbios 20.19
4. Murmuração: Filipenses 2.14; 1 Coríntios 10.10
5. Difamação (calúnia): Salmos 101.5
6. Bajulação: Salmos 12.1-3; Provérbios 26.28; 29.5
7. Falar demais: Provérbios 14.23; Eclesiastes 5.3

Um outro aspecto que queremos enfocar é que podemos vencer os pecados da língua - e a Bíblia nos ensina como obter essa vitória. Seguem alguns princípios de vitória sobre esses pecados:

1. Buscar a cura para os problemas da língua: Isaías 6.5-7.
2. Encher o coração de coisas boas: Lucas 6.45.
3. Pensar antes de falar, ser cuidadoso: Salmos 34.13
4. Não falar no tempo mau, no meio da crise, na ira: Amós 5.13.

Que o Senhor nos ajude a vencermos os pecados da língua, a termos uma boa confissão e a comermos das benção decorrentes do bom uso de nossa língua!

Roberto Coutinho


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