quinta-feira, 13 de junho de 2013

TIAGO - PARTE 4: O PRINCÍPIO DA CONFISSÃO

"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo".
Tiago 5.16


Uma das práticas bíblicas recomendada pelos apóstolos e amplamente negligenciada pelos cristãos evangélicos é o da confissão. E creio que isso se dá até como uma forma de se contrapor à prática da penitência dos cristãos católicos. De fato, as Escrituras não nos ensinam a confissão como algo a ser feita a um Sacerdote e nem muito menos a necessidade de realizar ações de penitências definidas por ele. Esse é um sacramento definido pela Igreja Católica no Concílio de Latrão, em 1215. Mas não podemos rejeitar o princípio bíblico da confissão dos pecados para ser curado, conforme Tiago nos ensina no versículo acima. Devemos praticá-la dentro dos princípios ensinados na Palavra de Deus.

A palavra "pecado" nesse versículo é traduzida da palavra grega "paraptoma", que significa "desvio, derrapagem, falta, transgressão". Em nossa caminhada cristã cometemos essas derrapagens, desvios ou faltas, e precisamos ser perdoados e curados. A confissão está ligada ao perdão e a oração de uns pelos outros à cura. Mas por que, além de perdão, necessitamos também de cura?

Em Salmos 32.3-4 vemos as consequências do pecado: sofrimento, pesar, somatização, sequidão, etc. Ele traz consequências espirituais, emocionais e físicas (somatização, doenças). Davi disse que enquanto ele calou o seu pecado os seus ossos envelheceram e o seu vigor (saúde) foi afetado. Necessitamos, portanto, não somente do perdão, mas também da cura de eventuais sequelas do pecado.


No entanto, aconselhamos que você confesse o seu pecado e receba oração de irmãos que você confia e que tenham maturidade espiritual para ministrar sobre sua vida. Não podemos sair por aí confessando nossas falhas a qualquer pessoa na Igreja. Creio que para praticarmos esse princípio da confissão e oração uns pelos outros, é necessários preenchermos requisitos pessoais e de ambiente. Em 1 João 1.7-9 lemos:

"Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça".

Requisitos pessoais para a prática da confissão:

1. Honestidade.
2. Coragem.
3. Humildade.

Requisitos de ambiente para a prática da confissão:

4. Confiança.
5.Comunhão.

É preciso ter honestidade, coragem e humildade para reconhecermos e confessarmos nossas falhas. E é preciso também haver comunhão com o(s) irmão(s) para quem você vai confessar e que irá orar por você. Nesse contexto de comunhão e confiança, a Bíblia diz, o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado.

Já em Salmos 51.1-13 temos Davi descrevendo o que a cura dos pecados nos traz:

- Coração puro.
- Renovação.
- Espírito inabalável (firmeza).
- Presença do Espírito Santo.
- Alegria da salvação.
- Espírito voluntário (desejo de servir).
- Autoridade para pregar.

Que o Senhor nos ensine a praticar a confissão, em um ambiente de amor e confiança, para que possamos vencer e ser libertos dos pecados.
Pr. Roberto Coutinho

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